sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Visitas à Casa

Para quem possa estar interessado em visitar a Casa, quero que saiba que as visitas são sempre possíveis.
Este mês de Fevereiro estão previstas 4, das quais 3 a efectuar por Escolas Secundárias (nos dias 13, 20 e 27, 4ªs feiras, pelas 14,30 horas), e a 4ª pela Universidade Popular, do Porto, no dia 16, sábado, pelas 16 horas.
Querendo participar em alguma das visitas, avise-me pelo email: luc956@gmail.com.
Obrigado.

4 comentários:

Anónimo disse...

Torre da Lagariça nobre e antigo solar da família Pinto, cuja casa mãe foi a desaparecida Torre de Chã em Ferreiros de Tendais.

Anónimo disse...

SUBSIDIO PARA A HISTÓRIA DA TORRE DA LAGARIÇA

A Torre da Lagariça foi construída entre 1112 / 1128, provavelmente durante a regência de D. Teresa;

Temos noticia de Afonso Mendes da Fonseca, alcaide-mor de Lamego, que casou certamente com a filha de Martinho de Novaes a quem D. Pedro I aforou uma herdade na Lagariça, julgado de Aregos.

Deste casamento nasceu Leonor Afonso da Fonseca, herdeira da Torre que casou com
Gonçalo Vaz Pinto, senhor da beetria de Mesão Frio (Inquirições de Dom Afonso IV) e da honra e quintã de Loivos, em Stª Maria Madalena (Baião) e alcaide-mor de Lamego em sucessão de seu sogro.
Sobre este, a 4.3.1364 o rei D. Pedro I julga uma questão, segunda a qual as inquirições tinham apurado que «no senhorio e honrra e tomadia de quintaãs dos loyuos que estam noconcelho de boyam, freguesia de sancta maria madanella que som de gonçallo uasquez pinto scudeyros de linhagem», o dom abade de Serzeda e os moradores diziam que o dito Gonçalo Vaz Pinto não devia ter a dita honra nem senhorio e tomadia, dizendo este que sempre seus antecessores “padre e auoos e bisauoos ouuerom o senhorio e honrra e tomadia de Roupa e palhas e galinhas e heruas e carnes”, o que o inquiridores apuraram ser verdade, determinando o rei que “o dicto senhorio e honrra e tomadia das dictas qujntaãs e freguesia de sancta Maria madanella perteencem aas dictas qujntaãs e ao dicto gonçallo Vasquez”.

A partir do séc. XIV e devido a este casamento a propriedade da Torre da Lagariça segue na descendência da família Pinto, uma das famílias mais importantes e numerosas do Douro. Estes descendentes dos chamados Pinto de Riba de Bestança, possuidores da Torre de Chã (demolida nos anos trinta) e do Paço de Covelos, em Ferreiros.


A Torre da Lagariça ostenta o brasão da família Pinto, mas com uma particularidade, no campo do escudo aparecem estrelas.
Estas estrelas parecem ser uma lembrança das armas dos Fonseca, evocando assim a origem feminina da torre da Lagariça.

A 27.6.1538 um descendente, João Pinto teve carta de armas para Pinto (armas plenas) com uma brica de verde carregada com um “J”. Não terá sido portanto este João a colocar a pedra, que nesse caso seria a da carta de armas.

Descrição da arquitectura da Torre
Arquitectura militar românica / gótica. Torre de planta quadrangular com disposição verticalista das massas; robustez da construção; poucas fenestrações e em nível superior; frestas geminadas de arco apontado; mata-cães; telhado de 4 águas. Dupla função de arquitectura militar e de habitação senhorial. Semelhanças com o Castelo ou Torre de Ferreira de Aves
Planta quadrangular, simples e regular. Coincidência do exterior com o interior. De massas simples de tendência verticalista e cobertura homogénea de telhado de 4 águas. Embasamentos marcaados. Fachada principal virada a E., parcialmente adossada a outra construção. Em nível superior e centralizada, dupla fresta geminada de arcos apontados. Nos ângulos surgem pináculos. Alçado S. parcialmente encoberto por construção. Dupla fresta geminada de arcos apontados em nível superior. Alçado O. com 2 fenestrações rectangulares sobrepostas. Em nível superior, mata-cães apoiado em mísulas e, no mesmo plano, dupla fresta geminada de arcos apontados. Alçado N. com dupla fresta geminada de arcos apontados, igualmente em nível superior. Interior incaracterístico.

Anónimo disse...

Link para o desenho da Torre da Chã ou Chan, solar dos Pinto, de Riba de Bestança

https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/3001/30/anexos-17.%20Torre%20%20de%20Chã.pdf

Anónimo disse...

Li muitas obras do Eça, mas “ A Ilustre Casa de Ramires “, apesar de fazer parte da colecção completadas suas obras, só agora começo a sua leitura.
Tendo estado na quinta da Torre da Lagariça, tento colocar o texto do livro no espaço que me foi possível apreciar.
Tenho, no entanto, alguma dificuldade em fazer o devido enquadramento.
A descrição da Casa e da Torre corresponde mais à imagem da capa do livro do Eça que aparece no seu Blogg do que à casa e torre que hoje existe.
Terá havido alguma alteração na arquitectura ou a imagem que o Eça transmite é fantasiosa?
Quanto ao seu Blogg, eu não tenho grande conhecimento deste assunto, mas parece-me que tem tudo o que pretende comunicar.
As opiniões dos visitantes, são um excelente meio de entendimento do conjunto, mas parece-me que à parte disso deveria haver uma descrição, ainda que sucinta, da história do local que se pudesse consultar directamente. Não sei se ali se encontra e eu não vi.
Ainda, parece-me, que o mapa que refere o lugar, não é suficientemente claro para que se possam seguir as notas numeradas da sua descrição.
Quanto à Casa e Torre se houvesse uma planta, ainda que simples ajudava muito.
Quanto ao resto, através das fotografias poderiam os visitantes do Blogg usar a imaginação para alcançarem, a magia que o locar também proporciona.
As músicas que possibilita, são excelentes. Dá para as colocar em fundo de trabalho.
Vou na medida do possível publicitar a sua divulgação.
Com amizade, sou
José Santos